Declaração Anual

Debêntures: Tudo que o investidor precisa saber na hora de investir

Alice Porto 05.10.2021 3 minutos de leitura
Debêntures: Tudo que o investidor precisa saber na hora de investir

Se você é investidor, com certeza já ouviu falar das debêntures. A famosa Renda Fixa não passa batida aos olhos de quem quer ganhar dinheiro com investimentos, é ou não é?

As debêntures estão cada vez mais presentes no meio daqueles que querem multiplicar seu dinheiro seu dinheiro e, portanto, não poderíamos deixar de falar dela por aqui. E não se engane! O leão da Receita Federal também está de olho nelas. 

Pensando nisso, vou explicar para você tudo que precisa saber sobre as debêntures e sua tributação. Quer aprender? Então vão bora!

O que são debêntures?

As debêntures são como os “empréstimos”, você faz a uma empresa que serão devolvidos depois com juros. Ou seja: investiu em debêntures? Então isso significa que você emprestou dinheiro a companhias, para que elas te paguem a dívida mais tarde. 

Para clarear bem na sua cachola, se liga no exemplo prático: imagine que uma empresa precise de R$100 milhões para um novo protejo. Nessa situação, ela tem algumas opções que variam desde créditos em bancos até bons investidores que estejam dispostos a contribuir. 

Se você opta por ser um desses tipos de investimento, se torna o credor, ou debenturista, da empresa e, portanto, receberá de volta o valor investido mais os juros. Legal, né? 

Investimentos em renda fixa, como nessa modalidade, você lucra através dos juros pagos pelas empresas, o que faz com que as debêntures sejam bem mais rentáveis do que outros meios de aplicação.

O problema é que nesse caso, você não conta com a proteção do FGC, ou Fundo Garantidor de Crédito, que protege o investidor de possíveis quebras ou falências das empresas que receberam o investimento. 

Mas calma, assim como tudo no mundo dos investimentos, as debêntures têm seu ônus e seu bônus e a gente sabe que é assim mesmo, né?

Como funciona a tributação desse tipo de investimento?

O principal custo para investir em debêntures é, na verdade, o Imposto de Renda de fato. Mas, são cobrados sobre os rendimentos seguindo uma tabela regressiva. 

Segundo essa tabela, quanto mais tempo você ficar com o investimento, menor é o imposto a pagar. Ou seja, quanto mais tempo você passar com a debênture em carteira, menos imposto paga. Para clarear:

  • Se a aplicação durar seis meses ou menos, a tributação é de 22,5% sobre os ganhos;

  • Se a aplicação durar mais de dois anos, a tributação é de 15% sobre os ganhos.

Mas opa, porque vem notícia boa por aí: existem debêntures com isenção de Imposto de Renda para pessoa física. Elas são as chamadas debêntures incentivadas.

O que são debêntures incentivadas?

As debêntures incentivadas são aquelas que contam com o mel de todo investidor: a isenção de IR

Elas são uma iniciativa do governo para, como o próprio nome diz, incentivar o investidor a aplicar o seu dinheiro em infraestrutura. As empresas que recebem esse tipo de investimento usam o dinheiro para melhoria de rodovias ou projetos de sustentabilidade, como reflorestamento e despoluição. 

Isso significa que, além de investir seu dinheiro e receber juros por isso, você ainda contribui para melhorias no seu estado e conservação do meio ambiente. Não dá para ficar melhor.

Um pote de mel cheio de debêntures.

A Renda Variável é nossa queridinha aqui na Contadora da Bolsa, mas as debêntures também têm seu lugar especial. Ah, e se você, além de usufruir dessa belezinha, também investe na Bolsa de Valores, clica aqui, porque minha equipe quer resolver seu IR de Bolsa.

Alice Porto
Alice Porto Contadora da Bolsa
Alice Porto é graduada em Ciências Contábeis pela PUC Minas e tem 25 anos de experiência em gestão empresarial. Especializada em contabilidade para investidores da Bolsa de Valores, ela é fundadora do canal @contadoradabolsa e autora do livro "101 Perguntas e Respostas Sobre Tributação em Renda Variável".

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